quinta-feira, 8 de julho de 2010

Passos Coelho e a PT

È inegável!
O modelo económico baseado na apropriação colectiva dos meios de produção está falido há já muito tempo! A União Soviética já não existe, o Muro de Berlim foi derrubado e a própria China parece não gostar lá muito do seu “look” quando se vê ao espelho da globalização.
O Marxismo está morto e enterrado! R.I.P.
Se no panorama global as coisas parecem minimamente definidas, o que dizer a nível nacional? Neste país à beira mar plantado, subsistem ainda reminiscências saudosistas do papel centralista do estado enquanto protagonista da e na actividade económica. Tratam-se, penso eu, de preconceitos indeléveis deixados pelo PREC da década de 70.
Pedro Passos Coelho (PPC) é já um político da nova geração. Dispensa esses preconceitos estatizantes e assume-se como elemento catalizador de um processo de mudança. Mudança de paradigma económico, mudança de mentalidade social e mudança da operacionalidade das medidas de política.
Ao defender a extinção, através da sua venda, de acções com direitos especiais na PT, PPC não está apenas a analisar este caso em particular. Está sobretudo a assumir a defesa de uma nova recolocação do papel do Estado na economia.
Com efeito, na economia real da actual era global, ao Estado compete apenas regular e proporcionar adequadas condições de funcionamento dos mercados de forma a garantir a criação de riqueza e a sua justa redistribuição pelas populações.
A justa distribuição da riqueza assume, neste contexto, aspecto nodal do modelo económico. A sua regulamentação em prol da dignificação da Pessoa é decisiva.
Deste modo o pensamento de PPC não se enquadra numa visão ultra liberal onde tudo se submete ao “Deus Mercado”. O mercado existe e deve funcionar. O Estado existe e deve regular. As pessoas existem e devem viver … devem viver bem, contentes e satisfeitas.

Rui Freitas

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