sexta-feira, 25 de maio de 2012

A FÉNIX DO ATLÂNTICO

Renascer das cinzas

A FÉNIX DO ATLÂNTICO

A “fenixdoatlantico.blogspot.com”, o blog do Luís Calisto, passou, para mim, a ter honras de leitura obrigatória.

Apenas há relativamente pouco tempo, devo confessar.

Não sei bem porquê mas a prosa do homem surpreende-me, conforta-me, e sabe-me bem. Sabe-me mesmo muito bem!

Sabe-me bem, não exatamente como um bife do lombo com a gordura da “flor” a aromatizar o palato, mas como o amargo-doce que tempera a análise lúcida e racional do quotidiano sociopolítico desta urbe madeirense.

O Luís Calisto, que não tenho o prazer de conhecer pessoalmente, surge-me agora não como o autor do eloquente tratado histórico que dá pelo nome de “Achas da Autonomia” nem tão pouco como o futebolista que me habituei a ver no meu Marítimo de há umas décadas.

Este Luís Calisto emerge agora como o arauto da crítica situacionista, desempenhando aí um terrível ministério. Transmuta-se ciclicamente em juiz e algoz, mas julgando sem processo, utilizando o foro íntimo das suas angústias e perceções para, livremente, soltar a língua e gritar aos ventos um troar de repreensão aos crimes e injúrias que pecaminosamente decoram os poderosos locais. Deste modo vinga, mesmo sem o saber, os males e as opressões que sofrem aqueles que da liberdade e dos bons costumes teimam em orientar as suas vidas.

A crítica, a sátira e o bom humor da “Fénix do Atlântico” constituem ingredientes paliativos ao cruel desígnio infligido pelos ditames insanos do régulo das Angústias. Depois do fogo, as cinzas irão renascer!

Infiltra-te Calisto!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

TRAQUINICES JUVENIS


Afinal parece que o comunicado “Ai ai Burrito” assinado pelo secretário-geral adjunto da JSD-M, Carlos Candelária, não é da autoria do signatário. Isso mesmo foi categoricamente afirmado pelo próprio em mensagem escrita enviada para a redacção do Diário de Notícias.

O líder da JSD-M, José Pedro Pereira, confirma essa situação afirmando, no entanto, que o secretário-geral adjunto teria tido conhecimento prévio do conteúdo de “Ai ai Burrito” e anuído a que o mesmo fosse publicado como sendo da sua autoria.

A questão central que agora se coloca na apreciação deste episódio não se prende com a duvidosa qualidade literária do texto nem mesmo com o seu execrável conteúdo. O que importa saber são as razões que levaram José Pedro Pereira a recusar-se a assinar o comunicado. Afinal José Pedro Pereira é o líder da JSD e competia-lhe dar a cara.

Mas não. O líder acobardou-se e não hesitou em atirar à lama o nome e a honra de um seu companheiro. Fê-lo cobarde e conscientemente, e nem a circunstância de deter imunidade pelas funções parlamentares que desempenha o fez mudar de ideias. Mas há pior! Pasme-se! José Pedro Pereira não assume a o erro da sua desprezível atitude para com um correligionário, nem compreende o facto de o nome, o trabalho, a dedicação e a lealdade de Carlos Candelária estar publicamente a ser posta em causa. Para José Pedro Pereira, o seu secretário-geral adjunto apenas está “chateado” e “assustado” por ter sido ameaçado com um processo judicial.

Pobre classe política que actua sem princípios, sem valores e sem honra. Ao menos, realce-se a postura de Carlos Candelária, que, assumindo as eventuais e costumeiras represálias dos déspotas, veio a público demarcar-se de mais um episódio grotesco da vivência politiqueira regional.