terça-feira, 17 de julho de 2012

Isto tá a dar pró torto!



Os factos sucedem-se em cascata.


Jaime Freitas e Jorge Carvalho engendram um “novo” modelo de apoio ao desporto.

Rui Alves, não aceita esse modelo e pede a demissão do Secretário da tutela. Di-lo com todas as letras e na TV regional até pede prisão para os políticos que mentem! Ameaça acabar com os escalões de formação do Nacional e instiga os 700 pais e mães dos jovens afetados a se manifestarem ruidosamente frente à Secretaria da Educação.

Nesse mesmo programa televisivo, Jorge Carvalho enfrenta a horda de desesperados dirigentes desportivos com a força da convicção de que não há muito para dar. Os cortes nos apoios financeiros aos clubes e associações estão definidos e não há mais nada a fazer! Não foi aí cilindrado, mas pouco faltou!

No dia seguinte e após o Conselho de Governo, Alberto João Jardim, eventualmente peocupado com as consequências políticas da tal paterna manifestação dos jovens nacionalistas instigada por Rui Alves, desautoriza o seu Secretário com a pasta do desporto e, claro, o novel Diretor Regional da área. Afinal os cortes deixam de o ser na intensidade anunciada, e por idiossincrática teimosia, anuncia cortes bem menores. Parece existir uma almofada de conforto financeiro para isso, anuncia posteriormente Jaime Freitas.

Rui Alves rejubila e volta atrás na intenção anunciada de abandonar a Direção do Nacional. Dá um abraço a Miguel de Sousa na apresentação do plantel (com quem antes almoçara para delinear a estratégia alvi-negra), e tudo volta à normalidade.

Jorge Carvalho, tendo dado a cara e o litro pelo novo modelo de apoio ao desporto e, ao ter conhecimento da “desfeita” do presidente do Governo, ameaça bater com a porta e ir à sua vida. Jaime Freitas pede-lhe “por amor de deus” que reconsidere essa decisão durante o fim de semana.

Fim de semana esse pleno de factos políticos: o congresso da JSD aquece com o ressabiamento evidente do líder deposto que tenta impedir pela via administrativo-legal a eleição dos novos orgãos da “Jota”. Contudo, Rómulo Coelho é eleito, e será ele a botar “faladura” pela JSD na Herdade do Chão da Lagoa. Não se apurou se, com o desgosto e com a emoção, o ex-líder juvenil voltou a verter lágrimas ou outro qualquer líquido orgânico.

Entretanto, e na nortenha cidade de Santana, Alberto João Jardim mede mal o tamanho de uma garfada de bife e engasga-se. Não fora a pronta e profissional intervenção do comandante dos Bombeiros que, esquecendo os últimos insultos presidenciais aos soldados da paz e aplicando a técnica mais adequada para devolver a respiração ao presidente, provavelmente estaríamos agora privados da singular e carismática liderança do PSD-M.

Nesta segunda feira, confirma-se a demissão de Jorge Carvalho.

Manuel António Correia, agradado com um inenarrável artigo de opinião no Jornal da Madeira do seu colaborador e dirigente do CAB, mexe cordelinhos para que seja este o substituto do demissionário diretor.

Entretanto vem a lume que a diminuição dos cortes às verbas para o futebol profissional calha mesmo bem para que a SAD nacionalista possa continuar a remunerar Rui Alves com um vencimento mensal na ordem dos oito mil euros (não desmentido pelo próprio segundo o Diário de Notícias da Madeira).

Afinal, e a ser verdade as informações postas a circular pela “Fénix” de Luís Calisto, a tal almofada financeira que permitiria aligeirar os cortes, parece ter sido constituída para fazer face a uma nova dívida oculta da responsabilidade do IDRAM, não reportada ao ministério das finanças, na ordem dos 30 milhões de euros. Jardim terá dito que não tem coragem de informar Victor Gaspar deste novo facto e que não tem nada a ver com o assunto: quem criou essa dívida que a pague!

Isto tá mesmo a dar pró torto!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

A ENTREVISTA DE MANUEL ANTÓNIO À RTP MADEIRA





OU NÃO!


As coisas parecem estar agora mais claras (ou não!).

Manuel António foi preciso (ou não!) a declarar-se candidato, mas só para um outro congresso. No próximo, que quer ver realizado o mais rapidamente possível, não pretende imiscuir-se e concede a Jardim o ónus da disputa com Albuquerque. Aí, nesse próximo congresso, a sua presença é dispensável (ou não!).

Enfim (ou não!), Manuel António emerge no seu melhor: define-se como um "não candidato" (ou não!) apresentando, para já, uma "não candidatura" (ou não!)!

Perante tal confusão é possível que, quer Albuquerque quer Cunha e Silva, estejam agora com dores de barriga de tanto se darem ao riso (ou não!).

quarta-feira, 4 de julho de 2012

As Férias e o Lazer 2012


Estamos em Julho.
É comummente aceite que as hostilidades ao lazer se iniciam em Julho.
Em Julho toma forma uma catapulta de mensagens publicitárias anunciando os diferentes paraísos onde o comum dos mortais pode usufruir momentos de lazer numas retemperadoras e merecidas férias: são e-mails sugestivos, flyers coloridos na caixa do correio, vozes melódicas dos call centers a sugerir este e aquele maravilhoso pacote turístico …
Lindo! Fabuloso!
Mas … Puro engano!
Em situações de grave crise financeira o planeamento das férias transmuta-se. Passa de uma edílica ilusão para uma concreta angústia que tritura a o pensamento e aperta o coração.
O vil metal, ou melhor, a falta dele, assume agora um papel mais que decisivo na pesquisa do tal lazer veraneante. Já não existe crédito ou conta ordenado que nos valha. A crise, o fim do subsídio de férias, o IVA e o IRS a pagar em Setembro obriga-nos a desfazer o sonho das férias. É um castelo de cartas que, sem apelo nem agravo, se desmancha sobre a impotência da nossa vontade!
Há um par de anos atrás o Presidente Cavaco deu-nos o mote: vamos fazer férias cá dentro!
Atualmente, com a troica a impor os seus ditames, com o Gaspar a nos ir ao bolso e com o Garcês nos baralhar as contas, acho que deveremos ser ainda mais radicais: férias são em casa! Lar doce lar!
Se fizermos férias sem sair de casa, iremos descobrir um sem número de pormenores atractivos que farão inveja a qualquer resort das Caraíbas ou às magrebinas areias da Calheta ou de Machico: será o jardim para recuperar, a porta da dispensa para reparar e todo aquele pó acumulado atrás dos móveis para limpar. É só escolher a actividade que foi sucessivamente adiada ao longo do ano e pôr mãos à obra!
São as férias ativas que tanto se apregoa. É o exercício físico e as calorias que se despendem em domésticas atividades sem ter de pagar a um personal trainner. Enfim, serão as férias que nos vão preparar para mais um ano de envelhecimento programado sob a calamitosa batuta dos nossos ilustres governantes ao ritmo frenético da superação dos objectivos organizacionais que o administrador lá da empresa já preparou para nos infernizar a existência.

Boas Férias.

Rui Pereira de Freitas

quinta-feira, 28 de junho de 2012

MIGUEL ALBUQUERQUE E A MUDANÇA



Enfim! Respira-se Mudança!

Todas as estruturas sistémicas tendem a resistir a mudança!

As estruturas políticas não são exceção!

É sabido que a vertente homeostática luta sempre para manter a estabilidade sistémica vigente, na medida em que perceciona as eventuais mudanças como fortes e reais ameaças ao seu status quo. Daí que Alberto João Jardim e fiéis seguidores se esforcem para, em desespero de causa, desqualificarem os ventos de mudança que a candidatura de Albuquerque representa! No entanto, tal como acontece em todos os sistemas rígidos, e na imperiosa necessidade adaptativa às novas contingências e envolventes da crise financeira, a mudança tende, natural e racionalmente, a impor-se sobre o polo homeostático das dinâmicas do desenvolvimento económico e social.

Miguel Albuquerque assumindo-se, sem rodeios, como candidato à liderança do PSD-Madeira surge como o elemento que corporiza a mudança para um nível de recursividade mais elevado, ou seja, para um nível de operacionalidade sociopolítico superior!

Albuquerque é ao mesmo tempo janela de esperança e pólvora catalisadora da mudança de paradigma da praxis político-partidária regional. Não nega o passado do PPD/PSD Madeira (antes exalta-o) mas, com sabedoria teima em trazer o partido para junto das bases retirando-o da influência exclusiva da "nomenklatura". Com força, pretende impor a legalidade estatutária sobre a arbitrariedade dos déspotas. Com beleza, estrutura uma nova forma de ser e de estar na ação política onde a cordialidade se sobrepõe à boçalidade.

Não há dúvida. A tarefa que Miguel Albuquerque irá ter pela frente é enorme e só poderá ser enfrentada com a contribuição de todos aqueles que da liberdade e dos bons costumes teimam em orientar os seus padrões habituais de conduta!

terça-feira, 19 de junho de 2012

A Inveja


Nestes dias que correm sofro (e muito!) as agruras da crise impostas sabe-se lá por quem. Não conheço nem tenho qualquer relação pessoal ou profissional com os elementos do Conselho de Administração (CA) da EDP. Também não sou cliente da EDP! Mas a foto acima, que retirei do Facebook, é imoral e tresanda a coscovilhice! Os vários comentários a esse "post" plasmados nessa rede social, enojaram-me!

É por "estas e por outras"  que afirmo estar a sociedade portuguesa, compulsivamente, a esbarrar perigosamente naquilo que já não é denúncia social, mas sim, na mais pura e vil inveja. Se este CA recebe o que a notícia diz que recebe, então é porque os acionistas o permitem. E se o permitem é porque esperam ter retorno através do desempenho desse CA. A EDP é uma empresa privada e as remunerações do seu CA apenas dizem respeito aos seus donos (acionistas) e eventualmente ao seu Conselho de Remunerações, se é que tal estrutura existe… Que eu saiba, os chineses (principais acionistas) não são assim tão “mãos largas”!



É óbvio que eu gostaria muito de pertencer a esse CA. Mas, humildemente, reconheço que não tenho o curriculum nem as competências necessárias para isso!


Deixem de ser invejosos e, por favor, permitam que as pessoas competentes desempenhem os seus papéis organizacionais sendo remuneradas de acordo com o retorno que produzem.


Nesta ocasião, retomo a reflexão que neste blogue já publiquei sob o título de “Mediocridade: Inveja ou Ciúme?” Agora, tal como nessa altura quero reafirmar que o sentimento de inveja atualmente muito em voga, não é mais do que o elemento desprezível que o “invejoso” sente pelo mérito dos outros: é a “chapada” que recebe pela glória alheia. É o veneno que lhe corrói o espírito. O invejoso sofre pelos sucessos dos outros e rejubila pelos seus fracassos.


Todo aquele que inveja não faz mais do que demonstrar socialmente a sua mesquinhez, rebaixando-se, sem o dar conta, da sua condição de subalterno, da sua inferioridade e da sua nudez espiritual e intelectual.


Ninguém, mas mesmo ninguém, reconhece ser invejoso. Como disse acima, isso seria reconhecer-se inferior ao invejado pelo que invariavelmente recorre demagogicamente a todos os artifícios para ocultar a sua desprezível inveja.
A inveja torna-se na consequência psicológica do reconhecimento de que se é inferior. Transforma-se num tormento. O invejoso torneia esse sentimento evitando que os outros (hierarquias incluídas) se aproximem deles e lhe possam descobrir a sua imbecilidade. A inveja assume um papel de escudo defensivo mesmo quando, em eventuais e fugazes sucessos, temem que as vozes interiores lhes mostrem que os usurparam porque não os merecem.


A sabedoria, a força e a beleza constituem colunas ou pilares intelectuais que se desejariam ver-se refletidos nas coisas e nos atos, bem como intensificados em todas as intervenções humanas. A mediocridade não tem aqui lugar, pois toda a inveja é subjugada e toda a superioridade é admirada.


… Ou acham, por exemplo, que a Direção do Real Madrid pensa ser demasiado os mais de cem milhões de euros que paga mensalmente ao Cristiano Ronaldo (CR) para jogar sob o seu emblema? Na verdade o retorno do CR ao Real Madrid é bem superior ao que lhe pagam! Então onde está o problema do CR ganhar tanto? Só na inveja dos incompetentes e dos ressabiados da vida!

terça-feira, 12 de junho de 2012

Mérito VS Futilidade


MÉRITO VS FUTILIDADE

O conhecimento, o talento, e a competência, são conceitos que nos remetem para a esfera epistemológica que é normalmente traduzida naquilo a que se convencionou apelidar de mérito. O mérito não é mais do que o reconhecimento social e/ou organizacional das capacidades e aptidões de alguém no encaminhamento resolutivo de um determinado problema ou de uma situação específica.

Numa sociedade ideal, o mérito deveria constituir ingrediente decisivo nos diversos processos de seleção, escolha ou de eleição de lideranças. Aí o mérito deveria sempre sobrepor-se ao estatuto socioeconómico, às ligações familiares ou às oligarquias politicamente dominantes.

Olhando para a matriz das dinâmicas organizacionais da Madeira (quer na esfera pública, quer na esfera privada) vejo o mérito ser escarnecido e repudiado. Isto sobretudo nos domínios da decisão política. Neste mundo da política regional verifica-se que a futilidade e a mediocridade saem fortalecidas, para publicamente se transmutarem em grotescas dimensões do exercício autocrático do poder quer no seio das maiorias quer entre as minorias.

Pobre povo que premeia a imbecilidade em vez do talento, que dá enfase à futilidade em detrimento do que é importante, que prefere o entretimento da idiotice mediática à reflecção crítica da causa das coisas.
Enfim …

quarta-feira, 30 de maio de 2012

QUEM CALA, CONSENTE


Já ninguém de bom senso aguenta este espetáculo medonho que se desenrola diariamente no palco da política regional.

Por mim, só me apetece gritar “BASTA! JÁ CHEGA!”

Tudo isto a propósito dos últimos acontecimentos da esquizofrénica vida política Regional.
Não me interessa as lágrimas derramadas pelo líder da JSD na hora de ter de cumprir a imposição dos seus pares e anunciar uma emotiva retirada; não me diz respeito a argumentação usada pela generalidade da oposição para eloquentemente fazer queixinhas ao Presidente da República; marimbo-me para comunicados e contra comunicados; fico indiferente ao costumeiro folclore de parvoíces e infantilidades dos parlamentares regionais. Enfim, estou “nas tintas” para os fait-divers partidários.

Gostaria apenas que me fossem apresentadas novas estratégias, novos caminhos e novas soluções para ultrapassar esta fase de calamidade pública que agora atravessamos.

Mas nada! Estratégias, caminhos e soluções? Népias!

De um lado enfatiza-se o polo homeostático da continuidade linear, apregoando mais do mesmo e atribuindo as culpas dos erros e desvios a causas e entidades externas. Do outro lado deseja-se a destruturação total do sistema para, após o caos, colar os cacos das desgraças em novas e demagógicas promessas de leite e mel.

Os atuais protagonistas da tríplice dinâmica “Governo-Assembleia-Oposição” estão ultrapassados, caquéticos e desgraçadamente fora de qualquer futura equação política: demonstram inequivocamente, sobretudo agora em época de calamidade social, que não têm as competências técnicas, interpessoais e estratégicas necessárias e suficientes para decididamente enfrentar com sucesso os atuais desafios da revitalização económica e social da Região.

A estupidez irrita. A imbecilidade dá nojo. O grotesco tem limites!

Novos protagonistas precisam-se! Competentes, sérios e rigorosos. Para isso é necessário uma palavra e uma decisão. A palavra e a decisão do Presidente da República... Pois quem cala, consente!

sexta-feira, 25 de maio de 2012

A FÉNIX DO ATLÂNTICO

Renascer das cinzas

A FÉNIX DO ATLÂNTICO

A “fenixdoatlantico.blogspot.com”, o blog do Luís Calisto, passou, para mim, a ter honras de leitura obrigatória.

Apenas há relativamente pouco tempo, devo confessar.

Não sei bem porquê mas a prosa do homem surpreende-me, conforta-me, e sabe-me bem. Sabe-me mesmo muito bem!

Sabe-me bem, não exatamente como um bife do lombo com a gordura da “flor” a aromatizar o palato, mas como o amargo-doce que tempera a análise lúcida e racional do quotidiano sociopolítico desta urbe madeirense.

O Luís Calisto, que não tenho o prazer de conhecer pessoalmente, surge-me agora não como o autor do eloquente tratado histórico que dá pelo nome de “Achas da Autonomia” nem tão pouco como o futebolista que me habituei a ver no meu Marítimo de há umas décadas.

Este Luís Calisto emerge agora como o arauto da crítica situacionista, desempenhando aí um terrível ministério. Transmuta-se ciclicamente em juiz e algoz, mas julgando sem processo, utilizando o foro íntimo das suas angústias e perceções para, livremente, soltar a língua e gritar aos ventos um troar de repreensão aos crimes e injúrias que pecaminosamente decoram os poderosos locais. Deste modo vinga, mesmo sem o saber, os males e as opressões que sofrem aqueles que da liberdade e dos bons costumes teimam em orientar as suas vidas.

A crítica, a sátira e o bom humor da “Fénix do Atlântico” constituem ingredientes paliativos ao cruel desígnio infligido pelos ditames insanos do régulo das Angústias. Depois do fogo, as cinzas irão renascer!

Infiltra-te Calisto!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

TRAQUINICES JUVENIS


Afinal parece que o comunicado “Ai ai Burrito” assinado pelo secretário-geral adjunto da JSD-M, Carlos Candelária, não é da autoria do signatário. Isso mesmo foi categoricamente afirmado pelo próprio em mensagem escrita enviada para a redacção do Diário de Notícias.

O líder da JSD-M, José Pedro Pereira, confirma essa situação afirmando, no entanto, que o secretário-geral adjunto teria tido conhecimento prévio do conteúdo de “Ai ai Burrito” e anuído a que o mesmo fosse publicado como sendo da sua autoria.

A questão central que agora se coloca na apreciação deste episódio não se prende com a duvidosa qualidade literária do texto nem mesmo com o seu execrável conteúdo. O que importa saber são as razões que levaram José Pedro Pereira a recusar-se a assinar o comunicado. Afinal José Pedro Pereira é o líder da JSD e competia-lhe dar a cara.

Mas não. O líder acobardou-se e não hesitou em atirar à lama o nome e a honra de um seu companheiro. Fê-lo cobarde e conscientemente, e nem a circunstância de deter imunidade pelas funções parlamentares que desempenha o fez mudar de ideias. Mas há pior! Pasme-se! José Pedro Pereira não assume a o erro da sua desprezível atitude para com um correligionário, nem compreende o facto de o nome, o trabalho, a dedicação e a lealdade de Carlos Candelária estar publicamente a ser posta em causa. Para José Pedro Pereira, o seu secretário-geral adjunto apenas está “chateado” e “assustado” por ter sido ameaçado com um processo judicial.

Pobre classe política que actua sem princípios, sem valores e sem honra. Ao menos, realce-se a postura de Carlos Candelária, que, assumindo as eventuais e costumeiras represálias dos déspotas, veio a público demarcar-se de mais um episódio grotesco da vivência politiqueira regional.

sábado, 21 de abril de 2012

CONGRESSO PSD-M ... QUANDO?

A questão do congresso do PSD-Madeira está na ordem do dia. Não sendo jurista, tenho alguma dificuldade em entender esta questão.

Expliquem-me lá: se os estatutos do partido determinam, inequivocamente, que o próximo congresso deve realizar-se antes de Abril (?) de 2013, por que raio é que será necessário as tais 300 assinaturas para se requerer um congresso, que, no caso, não será extraordinário mas sim ordinário?

Será que um congresso "ordinário" pode transmutar-se em "extemporâneo" na circunstância de um qualquer órgão estatutário determinar o seu adiamento? A ser assim, estaremos ou não em presença se um paradoxo? Paradoxo porque se exige um número estatutariamente determinado de assinaturas para transformar um “congresso ordinário adiado” num “congresso extemporâneo” a realizar em data ordinariamente estatutária.

Confuso, não é? Como disse, não sou jurista e, por isso, humildemente solicito aos especialistas, as respectivas fundamentações jurídicas. Obrigado.


terça-feira, 17 de abril de 2012


O GROTESCO PARLAMENTO REGIONAL

“Novo episódio infeliz. Os três deputados do PTP acabam de se envolver em trocas deempurrões e agressões com os seguranças do parlamento que tentavam cumprir a ordem de Miguel Mendonça de retirar José Luís Rocha da sala” – www.dnoticias.pt, 17-04-2012

Estou cada vez mais desiludido com esta Assembleia Legislativa Regional (ALR). O espectáculo é drasticamente grotesco; os protagonistas deambulam entre a imbecilidade e a idiotice; o comportamento boçal é privilegiado em relação à civilidade e à tolerância.
Nesta ALR, que em tempos poderia ser chamada de “casa da democracia”, temos assistido, com estonteante regularidade, a cenas estupidamente decrépitas. Aqui, a condição humana é vilmente espezinhada pelo escárnio de quem foi eleito representante do povo … E não estou a referir-me apenas aos deputados do PTP!

Estes protagonistas não são, de todo, os meus representantes. Não aceito, nem tão pouco tolero, que o povo esteja a ser representado por esta gente! Não foi para isto que, mais ou menos conscientemente, os eleitores sufragaram com o seu voto os elementos desta ALR.

A democracia não é apenas um mero conceito político-constitucional. A democracia constitui, antes de tudo, um espaço de temperança onde a diferença política não pode ser aviltada nem pela intolerância das maiorias nem pela irreverente marginalidade das minorias.
Espera-se que a ALR faça o seu trabalho, isto é, discuta e legisle. Para isso, não me choca que se faça uso de uma linguagem algo viril na defesa das convicções. O que não admito é que a discussão política seja exclusivamente circunscrita ao exercício narcísico do potro imaterial do vilipêndio.

Rui Pereira de Freitas

quarta-feira, 28 de março de 2012

O COELHO, O PTP E A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA REGIONAL



O JM Coelho é um comediante (termo politicamente correto para palhaço)

Toda a gente de bom senso sabe disso!

Mas foi este sistema político que o gerou! Portanto, tem de ser este mesmo sistema a o aturar.
Hoje , 27 de março, a sua expulsão do parlamento (da 1ª vez) não poderia, nunca, ter acontecido: a criatura apenas manifestou uma opinião política - mesmo chamando “fascista” ao Presidente da Assembleia Legislativa Regional (ALR) e intervindo marginalmente ao assunto para o qual lhe foi concedida a palavra. A intervenção de JM Coelho era apenas uma opinião política de um deputado que foi livre e democraticamente eleito.

A decisão de afastá-lo dos trabalhos parlamentares revela, neste contexto, uma ignóbil revisão dos valores democráticos comumente aceites. Não é (e nunca será) aceitável expulsar da ALR um legítimo representante do povo, apenas pelo facto de emitir opinião política. Mesmo que essa opinião seja ofensiva ao status quo instalado. O que hoje aconteceu na ALR entristece os democratas, frusta os justos e, sobretudo, revolta todos aqueles que têm arduamente vindo a defender aquilo que já foi a autonomia política regional.

No atual contexto de crise económica, social e financeira (a era da execução do famigerado plano de resgate financeiro à Região Autónoma da Madeira), a ALR deu mais um “tiro nos pés”: não bastava a sua atual incapacidade legislativa (agora tudo tem de ser suplicado à macrocefalia colonialista de Lisboa) para ostensivamente nos presentear com mais esta triste cena.

Dassssss!