terça-feira, 12 de junho de 2012

Mérito VS Futilidade


MÉRITO VS FUTILIDADE

O conhecimento, o talento, e a competência, são conceitos que nos remetem para a esfera epistemológica que é normalmente traduzida naquilo a que se convencionou apelidar de mérito. O mérito não é mais do que o reconhecimento social e/ou organizacional das capacidades e aptidões de alguém no encaminhamento resolutivo de um determinado problema ou de uma situação específica.

Numa sociedade ideal, o mérito deveria constituir ingrediente decisivo nos diversos processos de seleção, escolha ou de eleição de lideranças. Aí o mérito deveria sempre sobrepor-se ao estatuto socioeconómico, às ligações familiares ou às oligarquias politicamente dominantes.

Olhando para a matriz das dinâmicas organizacionais da Madeira (quer na esfera pública, quer na esfera privada) vejo o mérito ser escarnecido e repudiado. Isto sobretudo nos domínios da decisão política. Neste mundo da política regional verifica-se que a futilidade e a mediocridade saem fortalecidas, para publicamente se transmutarem em grotescas dimensões do exercício autocrático do poder quer no seio das maiorias quer entre as minorias.

Pobre povo que premeia a imbecilidade em vez do talento, que dá enfase à futilidade em detrimento do que é importante, que prefere o entretimento da idiotice mediática à reflecção crítica da causa das coisas.
Enfim …