MÉRITO VS FUTILIDADE
O conhecimento, o talento, e a competência,
são conceitos que nos remetem para a esfera epistemológica que é normalmente
traduzida naquilo a que se convencionou apelidar de mérito. O mérito não é mais
do que o reconhecimento social e/ou organizacional das capacidades e aptidões
de alguém no encaminhamento resolutivo de um determinado problema ou de uma
situação específica.
Numa sociedade ideal, o mérito deveria constituir
ingrediente decisivo nos diversos processos de seleção, escolha ou de eleição
de lideranças. Aí o mérito deveria sempre sobrepor-se ao estatuto socioeconómico,
às ligações familiares ou às oligarquias politicamente dominantes.
Olhando para a matriz das dinâmicas organizacionais
da Madeira (quer na esfera pública, quer na esfera privada) vejo o mérito ser
escarnecido e repudiado. Isto sobretudo nos domínios da decisão política. Neste
mundo da política regional verifica-se que a futilidade e a mediocridade saem fortalecidas,
para publicamente se transmutarem em grotescas dimensões do exercício
autocrático do poder quer no seio das maiorias quer entre as minorias.
Pobre povo que premeia a imbecilidade em vez
do talento, que dá enfase à futilidade em detrimento do que é importante, que
prefere o entretimento da idiotice mediática à reflecção crítica da causa das
coisas.
Enfim …