sábado, 8 de maio de 2021

GEOBLOCKING

As “ilhas adjacentes” continuam excluídas de Portugal

 


Foi notícia no Diário de Notícias da Madeira de 27-10-2020, que o grupo parlamentar do PSD-M estaria a desencadear démarches no sentido de forçar o fim do bloqueio geográfico (geoblocking) que as populações insulares sofrem por parte da generalidade das empresas e sites de venda on-line. Na altura, aplaudi publicamente essa iniciativa! O deputado Paulo Neves abordou no Facebook tal assunto, mas eliminou o meu comentário.(Vide http://francelho.blogspot.com/2020/10/geoblocking-e-noticia-no-dn-de-hoje-27.html)

No entanto, tal iniciativa teve efeito zero. Ou seja, continua o geoblocking em relação à Região Autónoma da Madeira (e à dos Açores também!) e parece não haver indícios de se extinguir. Continuo a pensar que tal não se deve apenas à costumeira macrocefalia colonialista lisboeta, mas sim com aspetos ligados à operacionalidade logística dos transportes de mercadorias.

Assim, desafio os deputados da Madeira (da ALR e da AR) a insistir no sentido de criar condições para eliminar definitivamente o geoblocking em relação “às ilhas adjacentes”. Tal iniciativa deverá contemplar um conjunto de mecanismos legais e processuais que impeçam a especulação de preços na operacionalização logística dos transportes de mercadorias e que preveja, também, ajudas compensatórias do Estado para minimizar o incremento do custo da logística no custo final da mercadoria junto do consumidor e, deste modo, possibilitar o acesso sem limitações aos diferentes websites dos diferentes produtos e marcas, promovendo não só a transparência e a harmonização de preços, mas uma efetiva “continuidade” territorial.

De nada!

Rui Pereira de Freitas

www.francelho.blogspot.com


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