GEOBLOCKING
As “ilhas adjacentes” continuam
excluídas de Portugal
Foi notícia no Diário de Notícias da Madeira de 27-10-2020, que o grupo parlamentar do PSD-M estaria a desencadear démarches no sentido de forçar o fim do bloqueio geográfico (geoblocking) que as populações insulares sofrem por parte da generalidade das empresas e sites de venda on-line. Na altura, aplaudi publicamente essa iniciativa! O deputado Paulo Neves abordou no Facebook tal assunto, mas eliminou o meu comentário.(Vide http://francelho.blogspot.com/2020/10/geoblocking-e-noticia-no-dn-de-hoje-27.html)
No entanto, tal iniciativa teve efeito zero. Ou seja, continua
o geoblocking em relação à Região Autónoma da Madeira (e à dos Açores também!) e
parece não haver indícios de se extinguir. Continuo a pensar que tal não se
deve apenas à costumeira macrocefalia colonialista lisboeta, mas sim com
aspetos ligados à operacionalidade logística dos transportes de mercadorias.
Assim, desafio os deputados da Madeira (da ALR e da AR) a
insistir no sentido de criar condições para eliminar definitivamente o geoblocking
em relação “às ilhas adjacentes”. Tal iniciativa deverá contemplar um conjunto
de mecanismos legais e processuais que impeçam a especulação de preços na
operacionalização logística dos transportes de mercadorias e que preveja,
também, ajudas compensatórias do Estado para minimizar o incremento do custo da
logística no custo final da mercadoria junto do consumidor e, deste modo,
possibilitar o acesso sem limitações aos diferentes websites dos diferentes
produtos e marcas, promovendo não só a transparência e a harmonização de
preços, mas uma efetiva “continuidade” territorial.
De nada!
Rui Pereira de Freitas
www.francelho.blogspot.com