terça-feira, 5 de agosto de 2014

 
O Bom, o Mau e o Vilão
 
Os acontecimentos recentes associados ao desenrolar da novela dramática do BES, da qual emergiram dois bancos, um MAU e outro BOM, levaram-me a ressuscitar nos confins da memória um Western Spaghetti de Sergio Leone “Il Buono, il Bruto, il Cattivo” – “O Bom. O mau e o Vilão” na versão portuguesa
No caso do BES o “BOM” e o “MAU” estão aparentemente definidos. Quanto ao VILÃO, parece-me papel para ser representado pelo supervisor Banco de Portugal.
No filme, os três personagens suportam-se apenas por cada um deles deter parte da informação necessária para localizar o “Tesouro” – uma arca com uma pequena fortuna em ouro. Esperemos que, na “versão bancária”, os intervenientes optem por uma estratégia diferente daquela ensaiada na película: em vez de agirem egoisticamente isolados na espectativa do erro do outro para açambarcarem em proveito próprio o “Tesouro” , seria benéfico para os contribuintes, para a economia e para o país se os actores bancários cooperassem, articulada e harmoniosamente, por forma a safarem este pobre e martirizado povo de pagar (mais uma vez) os desvaneios insanos que os donos disto tudo se lembraram um dia de concretizar.
Rui Pereira de Freitas

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