Existe um “não sei quê de desassossego” quando folheio o “quase
gratuito que o é” Jornal da Madeira e me foco quer nos bonecos e quer nos apontamentos
de “opinião” da última página. Com efeito esse “não sei quê” aproxima-se de um ato
sublime e supremo de renúncia (queria escrever acto, mas o corretor censura-me!
– maldito acordo ortográfico!).
Esse ato de renúncia (e o corretor a dar-lhe!) assemelha-se
a um episódio de libação, isto é, um despejamento irrecuperável para o solo de
um líquido bebível. Sendo certo que o vómito reativo não é bebível – logo afastado
dos cálices das libações - mas atendendo à catarse jardinista à luz do misticismo
grego (ou mesmo das conceptualizações freudianas sobre materiais instintivos
recalcados) estaremos perante um paradoxo entre aquilo que consubstancia o ID e
o Alter-Ego – entre aquilo que grotescamente “se é” e aquilo idilicamente se gostaria
de ser.
A diária vomição jardinista oscila entre o pejorativo e o
ignóbil e, se nas libações tradicionais os líquidos oferecidos aos deuses são o
vinho, a água, o mel, e o leite, na libação do JM, Jardim oferece vinagre e
fel.
Enfim, questões oníricas que, perante o rebuliço criado no “Delfinário”
são perfeitamente marginais ao processo de substituição de liderança que se
avizinha. Que não se cometa Húbris, pois que a Némesis é implacável!
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