A PROPÓSITO DE UM TAL JOSÉ “ZECA” MENDONÇA
Existem Zecas e Zecas.
Este Zeca, de pontapé e de cabeça perdida, agrediu um fotojornalista.
Se tinha alguma razão de queixa do comportamento do profissional em questão, perdeu-a
definitivamente. É um caso de ética e de polícia.
Mas existem outros “Zecas”. Aqueles que agredindo jornalistas
e outros difusores de factos e de opiniões, não o fazem a pontapé físico. Fazem-no
subtilmente com pontapés afetivo-emocionais, atingindo não a caneleira, mas os
genitais da honra e da verticalidade de quem se lhes opõe.
Fazem-no escondidos atrás do manto do poder intolerante, da
imunidade a que têm direito, da inimputabilidade que, paulatinamente, se lhes foi
ficando associada perante sucessivos desvarios de análise.
O pontapé desses “Zecas” que, por medo ou cobardia intelectual,
abominam e rechaçam o contraditório e se posicionam enquanto centro absoluto da
envolvente universal, é muito mais doloroso: não visa apenas a pele e o osso
mas, sobretudo, o cerne da consciência e o ponto nodal do livre arbítrio.
Coitado do Zeca Mendonça (circula por aí que este registo de
agressividade não faz parte do seu habitual reportório comportamental). O
Assessor vai sofrer as piores reprimendas. No entanto, paradoxalmente, vai
relançar o debate público sobre os limites do despudor repressivo em relação ao
direito de “opinião divergente”. Que venha esse debate!
Rui Pereira de Freitas
2 comentários:
Esse Zeca devia levar uma biqueira nos genitais (não da consciência mas os próprios) para aprender a não chatear quem trabalha.
A intolerância é um mal que atinge muitas pessoas pelo mundo: os intolerantes e os que não são tolerados.
Pensar diferente do outro é saudável.
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